Os artistas mexicanos costumavam dar um jeito de se livrar do pagamento de impostos, o que fez com que o governo do país deixasse de arrecadar bastante dinheiro. Mas vamos combinar que sobreviver de arte não é uma tarefa simples. Depois de agir para resolver a questão, uma solução criativa foi encontrada para evitar a prisão de artistas: o pagamento com arte.
Desde 1957 pintores, desenhistas e escultores podem, em vez de pagar o equivalente mexicano do Imposto de Renda com dinheiro, destinar ao governo outras obras de arte.
Funciona assim: artistas que vendem de uma a cinco obras por ano doam uma para o governo, quem vende de seis a oito doa duas, e assim vai, com limite de 6 obras doadas por ano. Especialistas avaliam se as obras doadas condizem com a qualidade do que os artistas costumam produzir.
Obra de Gerardo Murillo, conhecido como Dr. Atl
As peças são divididas e colocadas em museus e prédios administrativos ao redor do país. Algumas são até enviadas para galerias ao redor do mundo, ajudando a divulgar a arte e a cultura mexicanas!
Atualmente, cerca de 700 artistas participam do programa Pago em Espécie, e o governo tem mais de 7 mil obras doadas. O sucesso do programa é tão grande que, recentemente, foi preciso comprar um novo depósito para guardar as obras que ainda não tiveram destino definido.
Confira obras de alguns artistas que já participaram do programa:
Obra de José Luis Cuevas
Autorretrato – David Alfaro Siqueiros
Obra de Jan Hendrix
Obra de Miguel Calderón
Obra de Gilberto Aceves Navarro
Obra de Antonio ‘Gritón’ Ortiz
Obra de Javier Marín
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