Rua Doyers teve 450 m² de asfalto coloridos pela arte de Chen Dongfan
Na Chinatown de Manhattan, em Nova York, a rua Doyers é também chamada de “The Bloody Angle" (traduz-se "O ângulo sangrento"). Sua história não traz boas lembranças - na década de 1930, o lugar era extremamente violento e marcado pela prostituição, sendo frequente a luta entre gangues por lá. Não à toa, é considerada a rua mais mortal da história dos Estados Unidos - mas as autoridades locais e um artista chamado Chen Dongfan querem deixar de lado os pré-conceitos e propor uma reflexão para quem hoje passa pelo endereço.
O Departamento de Transportes de Nova York e a comunidade de Chinatown abriram um concurso para escolher uma arte que transformasse a rua. Chen apresentou um desenho abstrato de 450 m² que chamou de "“A Canção do Dragão e das Flores”. Aprovada, a intervenção coloridíssima cobriu o asfalto e levou oito dias para ser finalizada.
"Eu li que as pessoas que moravam na rua tinham de usar água para lavar o sangue todas as manhãs", contou o artista nascido em Zibo, província de Shandong, na China, em entrevista ao New York Post. A proposta de Chen foi selecionada por suas cores e lembrar a história de um bairro de imigrantes asiáticos. A ideia, segundo disse o próprio, era instigar a reflexão dos passantes.
Parte do NYC DOT Art Program, iniciativa que fecha alguns endereços da cidade para uso exclusivo de pedestres, a rua Doyers ficará livre de carros até 1 de novembro de 2018 e também terá mesas, cadeiras e guarda-sóis para quem desejar apreciar sua nova paleta.
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