quinta-feira, 25 de abril de 2019

Conheça artistas de SP da primeira geração dos moderninstas

Grupo Santa Helena foi o nome atribuído a partir de meados da década de 1930, aos pintores que se reuniam nos ateliês de Francisco Rebolo. Teve início quando Francisco Rebolo alugou uma sala no Palacete Santa Helena, na Praça da Sé, para usá-la como ateliê de pintura e oficina de decoração. A seu convite, Mário Zanini se instalou na sala ao lado, dois anos depois. Estas salas, que eram interligadas por uma porta interna, foram em seguida sublocadas a outras artistas, todos de origem humilde, dando nascimento ao importante grupo que se dedicou principalmente à recriação da paisagem urbana e suburbana de São Paulo e de cidades vizinhas, à natureza morta e ao retrato.
O Grupo Santa Helena formou-se de maneira espontânea, sem maiores pretensões e nenhum compromisso conceitual. A maioria era de origem italiana. O grupo ainda contava com paulistas de outras origens, mas todos de origem humilde, para sobreviver, exerciam atividades artesanais e proletárias.
Autodidatas ou ex-alunos do Liceu de Artes e Ofícios, nos fins de semana ou momentos de folga se dedicavam à pintura. Essas são algumas das particularidades que os diferenciavam da primeira geração de modernistas.

1. Aldo Bonadei, 1906-1974São Paulo.

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Aldo Bonadei era descendente de italianos, estudou desenho com o pintor Pedro Alexandrino e frequentou o ateliê de Antonio Rocco. Um dos destaques de sua formação é a Accademia di Belle Arti di Firenze (Academia de Belas Artes de Florença). Mais tarde, integrou o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, e, por fim, lecionou na primeira escola de arte moderna de São Paulo, a Escola Livre de Artes Plásticas.

2. Alfredo Rizzotti, 1909-1972, Serrana, SP.

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Considerado um dos mais importantes da segunda geração do modernismo, Alfredo Rizzotti era descendente de italianos. Viveu alguns anos na Itália. Trabalhou como torneiro mecânico, mecânico de automóveis e fresador, e cursou a Accademia Albertina.

3. Alfredo Volpi, Lucca, Itália (1896) – São Paulo (1988).

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Assim como Rizzotti, Alfredo Volpi é considerado um dos artistas mais importantes da segunda geração do modernismo. Imigrante, realizou sua primeira exposição individual no Salão de Maio e na 1ª Exposição da Família Artística Paulista, em São Paulo. Em 1953, recebeu o prêmio de Melhor Pintor Nacional na II Bienal de São Paulo.
Participou da decisiva Exposição Nacional de Arte Concreta, em São Paulo (1956) e no Rio de Janeiro (1957), marco inaugural da arte e da poesia concreta.

4. Clóvis Graciano, 1907-1988, Araras, SP.

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Descendente de Italianos, foi em Paris que estudou e aprendeu algumas técnicas de pintura, quando foi indicado por Portinari para estudar com Waldemar da Costa. Graciano também foi também ferroviário, pintor de postes, porteiras e tabuletas de avisos para as estações da Estrada Ferro Sorocabana.

5. Francisco Rebolo, 1902-1980, São Paulo.

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Filho de espanhóis, foi o primeiro a alugar uma sala no Palacete Santa Helena e era frequentador das sessões de modelo vivo da Escola Paulista de Belas Artes. Além disso, foi jogador de futebol. 

6. Fúlvio Pennacch, Villa Collemandina, Itália (1905) – São Paulo (1992).

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Imigrante, chegou ao Brasil em 1929, numa época de crise econômica e trabalhou em várias frentes, entre elas publicidade e comércio de carne. Estudou arte na Itália. 

7. Humberto Rosa, Santa Cruz das Posses, SP (1908) – São Paulo (1948).

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Descendente de italianos, estudou na Escola de Belas Artes de São Paulo. Além de participar do Grupo Santa Helena, também integrou a Família Artística Paulista, grupo de artistas formado em 1937, na capital paulista.

8. Manuel Martins – São Paulo (1911) – São Paulo (1979).

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Filho de portugueses nascido no bairro do Brás, em São Paulo, frequentou a Escola de Belas Artes. Em 1931, iniciou seus estudos em artes com o escultor Vicente Larocca e, mais tarde, em 1935, integrou o Grupo Santa Helena.

9. Mario Zanini – São Paulo (1907) – São Paulo (1971).

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Descendente de italianos, estudou na Escola de Belas Artes de São Paulo e, anos depois, em 1950, na Europa. Participou das três primeiras Bienais paulistanas.

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