O Grupo Santa Helena formou-se de maneira espontânea, sem maiores pretensões e nenhum compromisso conceitual. A maioria era de origem italiana. O grupo ainda contava com paulistas de outras origens, mas todos de origem humilde, para sobreviver, exerciam atividades artesanais e proletárias.
Autodidatas ou ex-alunos do Liceu de Artes e Ofícios, nos fins de semana ou momentos de folga se dedicavam à pintura. Essas são algumas das particularidades que os diferenciavam da primeira geração de modernistas.
1. Aldo Bonadei, 1906-1974, São Paulo.
Aldo Bonadei era descendente de italianos, estudou desenho com o pintor Pedro Alexandrino e frequentou o ateliê de Antonio Rocco. Um dos destaques de sua formação é a Accademia di Belle Arti di Firenze (Academia de Belas Artes de Florença). Mais tarde, integrou o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, e, por fim, lecionou na primeira escola de arte moderna de São Paulo, a Escola Livre de Artes Plásticas.
2. Alfredo Rizzotti, 1909-1972, Serrana, SP.
Considerado um dos mais importantes da segunda geração do modernismo, Alfredo Rizzotti era descendente de italianos. Viveu alguns anos na Itália. Trabalhou como torneiro mecânico, mecânico de automóveis e fresador, e cursou a Accademia Albertina.
3. Alfredo Volpi, Lucca, Itália (1896) – São Paulo (1988).
Assim como Rizzotti, Alfredo Volpi é considerado um dos artistas mais importantes da segunda geração do modernismo. Imigrante, realizou sua primeira exposição individual no Salão de Maio e na 1ª Exposição da Família Artística Paulista, em São Paulo. Em 1953, recebeu o prêmio de Melhor Pintor Nacional na II Bienal de São Paulo.
Participou da decisiva Exposição Nacional de Arte Concreta, em São Paulo (1956) e no Rio de Janeiro (1957), marco inaugural da arte e da poesia concreta.
4. Clóvis Graciano, 1907-1988, Araras, SP.
Descendente de Italianos, foi em Paris que estudou e aprendeu algumas técnicas de pintura, quando foi indicado por Portinari para estudar com Waldemar da Costa. Graciano também foi também ferroviário, pintor de postes, porteiras e tabuletas de avisos para as estações da Estrada Ferro Sorocabana.
5. Francisco Rebolo, 1902-1980, São Paulo.
Filho de espanhóis, foi o primeiro a alugar uma sala no Palacete Santa Helena e era frequentador das sessões de modelo vivo da Escola Paulista de Belas Artes. Além disso, foi jogador de futebol.
6. Fúlvio Pennacch, Villa Collemandina, Itália (1905) – São Paulo (1992).
Imigrante, chegou ao Brasil em 1929, numa época de crise econômica e trabalhou em várias frentes, entre elas publicidade e comércio de carne. Estudou arte na Itália.
7. Humberto Rosa, Santa Cruz das Posses, SP (1908) – São Paulo (1948).
Descendente de italianos, estudou na Escola de Belas Artes de São Paulo. Além de participar do Grupo Santa Helena, também integrou a Família Artística Paulista, grupo de artistas formado em 1937, na capital paulista.
8. Manuel Martins – São Paulo (1911) – São Paulo (1979).
Filho de portugueses nascido no bairro do Brás, em São Paulo, frequentou a Escola de Belas Artes. Em 1931, iniciou seus estudos em artes com o escultor Vicente Larocca e, mais tarde, em 1935, integrou o Grupo Santa Helena.
9. Mario Zanini – São Paulo (1907) – São Paulo (1971).
Descendente de italianos, estudou na Escola de Belas Artes de São Paulo e, anos depois, em 1950, na Europa. Participou das três primeiras Bienais paulistanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário