Celebrando a música brasileira, Coala Festival 2016 realizou sua terceira edição com lotação máxima
O Coala Festival, que aconteceu neste sábado no Memorial da América Latina, em São Paulo, celebrou pelo terceiro ano seguido a diversidade da música brasileira com seis shows de artistas das mais diferentes vertentes do cenário nacional e quatro DJs que mesclam o melhor da sonoridade produzida no País. O evento teve todos seus ingressos vendidos e público aproximado de 10 mil pessoas durante as 10 horas de apresentações.
A galera começou a curtir as atrações pontualmente às 13h com o DJ Samuca, que abriu a caixa de som do Coala 2016. O capixaba Silva veio na sequência com sua voz suave e apaixonante. A amapaense radicada no Rio, Lila, fazendo a sua estreia em festivais e trazendo uma importante marca do festival que é o de apioar a cena independente. Outra voz feminina manteve o alto nível das apresentações. A paulistana Céu veio na sequência do DJ Tamenpi em show com as músicas de seu novo trabalho “Tropix”, lançado neste ano.
Depois da cantora, outro show muito aguardado pelos fãs profissionais do Coala arrancou lágrimas daqueles que estiveram colados à grade próxima ao palco. Cícero levantou a plateia com seus hits e recebeu Marcelo Camelo para uma participação para lá de especial. O vocalista dos Los Hermanos veio de Lisboa, onde vive, depois de o curador do Coala, Marcus Preto, ter a ideia de reuni-lo a Cícero num show inédito. Os dois tocaram cinco músicas juntos, entre elas, “Conversas de Botas Batidas”, sucesso do álbum “Ventura”, de 2003, o terceiro da banda que consagrou Camelo e emocionou todos.
Ser o maior show da carreira de muitos artistas é um dos objetivos do Coala desde seu início em 2014. O evento, conhecido por reunir artistas consagrados a outros que estão despontando, trouxe nesta edição nomes de peso da discotecagem paulistana para manter a galera sintonizada mesmo nos intervalos dos shows: DJs Samuca, Tamenpi, Meraki e Tutu Moraes, todos eles com carreira internacional.
Com caráter social, o Coala deu direito a meia entrada a todos que doaram um quilo de alimento ou um livro para instituições de caridade. As arrecadações superaram a dos anos anteriores. Além disso, o público pôde aproveitar outras atrações abertas , como o espaço reservado pela Chili Beans, onde a galera pôde grafitar um par de óculos gigante e deixar sua mensagem registrada no festival. O Greenpeace também esteve lá conscientizando o público sobre os riscos que a Amazônia sofre. Houve também quem se arriscasse os passos no slackline depois de experimentar drinks no lounge da Jameson Whiskey Irlandês.
Os dois últimos shows da noite consolidaram o line-up arrebatador desta edição. O Baiana System, uma das bandas de maior destaque no cenário da nova música brasileira, mostrou no Coala porque já é um dos pré-candidatos a melhor show do ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Liderados pelo vocalista Russo Passapusso, os baianos fizeram a mistura da música eletrônica à guitarra do axé de Salvador e fez o público dançar muito.
Karol Conka fechou a terceira edição do Coala com um show muito alto astral. A cantora é rosto frequente em comerciais, programas de TV e foi uma das vozes na abertura do maior evento do mundo em 2016, os Jogos Olímpicos. A cantora manteve a galera acesa do começo ao fim, com músicas conhecidas por temas que defendem a igualdade de gêneros e o combate ao preconceito racial. Causando o seu habital “tombamento” em todo o público.
O Coala Festival 2016 também se destacou em momentos em que a política falou alto juntamente com a música. Com pedidos de “Fora Temer” e sets com grandes clássicos de Caetano e Chico Buarque durante o período da ditadura, o festival ficará na memória e em 2017 tem mais. Gabriel Andrade, um dos curadores e sócio do festival, disse que já está pensando no line up do ano que vem. “Nós já estamos pensando em 2017. Vai vir coisa muito boa mais uma vez”, assegura.
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