segunda-feira, 12 de junho de 2017

Grafite e a pichação como expressão geracional

Arte de rua como forma de entendimento da civilização

 

Galerista Luis Maluf, da Luis Maluf Art Gallery, acredita no grafite e na pichação como expressão geracional

 

Caligrapixo (Foto: Divulgação)
Após inúmeras polêmicas em torno do assunto grafite, principalmente em São Paulo, por conta das ações do projeto Cidade Linda, a forma de arte voltou a ser pauta em todas as rodinhas de conversa, fossem elas entre amigos ou no ambiente de trabalho. Para Luis Maluf, criador da Luis Maluf Art Gallery, a vertente artística sempre foi motivo de estudo e admiração. Hoje, aos 28 anos e a frente de mais dois projetos, Luis Maluf Art Lab e Luis Maluf Art Gallery Pop Up, ele defende o grafite como expressão, e não só dessa geração.

Apolo Torres (Foto: Divulgação)
Cranio (Foto: Divulgação)
“A necessidade do homem de se comunicar não é de hoje. Desde o paleolítico os escritos nas cavernas representavam alguma coisa para as pessoas que ali pintavam”, comenta Luis. A comparação feita ainda tem um paralelo com o comportamento natural do ser humano, “só dar um giz para uma criança, ela vai direto na parede brincar”. Partindo desse ponto, o empresário paulistano de 28 anos - ele se aprofunda nos estudos da arte há oito -, criou a galeria homônima no charmoso bairro dos Jardins, em São Paulo.

Edu Cardoso (Foto: Divulgação)
Francisco Rosa (Foto: Divulgação)
O ponto de encontro entre o grafite e a pichação, segundo ele, é dentro do espaço, idealizado para ser um ambiente de democratização da arte contemporânea e expressão livre da poética de cada artista. “O grafite é uma arte que gira em torno dos acontecimentos políticos, sociais e econômicos, gosto de colocar os temas em discussão.” Entre os novos olhares representados por ele, Caligrapixo (Kamikaze), Cranio (Fabio Oliveira), Flávio Rossi, Francisco Rosa, Gazediel, Pedro Pezte, Vermelho Steam e Vini Parisi.

Gasediel (Foto: Divulgação)
Pedro Pezte (Foto: Divulgação)
Consciente de que o grafite se tornou algo mais comercial, Luis Maluf defende a forma de expressão como genuína de São Paulo. “Tem uma relação forte com a arquitetura da cidade e ainda brinca com as perspectivas horizontais e verticais da capital.” Contudo, também reconhece que a briga por espaço e reconhecimento não é de hoje, mas acredita nos artistas e suas obras como um marco na história, algo como uma documentação para posterior entendimento da geração contemporânea.

SAMSUNG CAMERA PICTURES (Foto: Divulgação)
Vini Parisi (Foto: Divulgação)
Arte de rua como forma de entendimento da civilização (Foto: Divulgação)

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