segunda-feira, 10 de setembro de 2018

As instalações artísticas do festival no deserto

Material da Nasa, madeira, carcaças de carro e aviões foram alguns dos elementos usados nas obras que são destaque no evento

"Galaxia", instalação assinada por Arthur Mamou-Mani formada por 20 treliças de madeira que convergem como uma espiral em direção ao céu

Domingo (26) começou mais uma edição do Burning Man, evento alternativo que acontece no deserto de Black Rock no estado americano de Nevada. Até 3 de setembro, quando o boneco que dá nome ao festival é queimado, mais de 100 atrações passam pelo local para entreter cerca de 70 mil pessoas. A cidade provisória (Black Rock City) é construída do zero por voluntários que seguem os valores do festival, reunidos em dez princípios, tais como: não deixar vestígios, inclusão, auto-expressão e participação. Cada um que participa é responsável por tudo o que vai consumir, até a água, então é preciso se preparar muito bem para a aventura.

Neste ano, o tema "Eu, robô" traz a tona as muitas formas de inteligência artificial que permeiam a nossa vida, desde os algoritmos presentes no nosso dia a dia, até as formas automatizadas de trabalho que nos substituem e ao mesmo tempo nos ajudam a vencer obstáculos. É sobre essa intensa relação homem-máquina que o festival quer falar.

Além de atrações musicais, o público vai se deparar com megainstalações artísticas erguidas a céu aberto na área chamada de "Playa".

Instalação da obra Galaxia, de Arthur Mmou-Mani

Uma delas, chamada Galaxia, celebra a esperança no desconhecido, estrelas, planetas e buracos negros. É formada por 20 treliças de madeira que convergem como uma espiral em direção ao céu. Assinada pelo arquiteto Arthur Mamou-Mani.

Instalação do arquiteto russo Sasha Shtanuk

Outra, do arquiteto russo Sasha Shtanuk, servirá como abrigo para o calor escaldante do deserto. O cobertor gigante de 100 m x 100 m usa milhares de mantas prateadas da Nasa e graças ao peso leve, estará em constantes mudanças graças à ação do vento, dando origem a diversas formas.

Robot Resurrection, de Shane Evans

Bem de encontro ao tema deste ano, a instalação Robot Resurrection, de Shane Evans, é feita com sucata de avião e tem um cockpit no tronco, de onde é possível controlar os movimentos do robô.

Long View, de Don Kennell

Em Long View, de Don Kennell, capôs de carros brancos foram usados para construir o enorme urso que faz um contraponto entre as emissões de carbono e a perda do habitat de alguns animais.

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