quarta-feira, 31 de agosto de 2016

As obras de arte mais caras do mundo

Conheça a história das pinturas e da escultura arrematadas por preços estratosféricos


Arte (Foto: Divulgação)

 Em 1990, a autoria da obra de maior valor vendida em leilão pertencia à Vincent van Gogh: Portrait of Dr. Gachet alcançou o valor de US$ 82.5 milhões na Christie's, uma das maiores casas de arremate do mercado. Em 2006, foi a vez de Portrait of Adele Bloch-Bauer II, de Gustav Klimt, tomar o pódio por US$ 88 milhões.
Nove anos depois, em 2015, o mercado foi impactado por valores astronômicos: três das maiores vendas aconteceram neste ano. Toddy Levin, expert do mundo da arte, afirma que esse recorde não será batido tão cedo.

Confira, abaixo, quais são as obras de arte vendidas pelo maior preço em leilões:

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6. Silver Car Crash (double disaster), 1963, Andy Warhol
 
Vendida em novembro de 2013 por US$ 105.445.000, essa é a obra do artista contemporâneo leiloada pelo maior preço. Foram cinco compradores brigando pela peça − que pertenceu à um colecionador europeu por 20 anos − durante o leilão realizado pela Sotheby's.

De grandes dimensões (2.4 m x 4 m), e retratando um corpo dentro de um carro cinza acidentado, ela exibe algumas das características presentes no trabalho do artista: a repetição e o interesse em desafiar o gosto do público − Warhol sempre questionava o alto valor pago para ter a representação de um desastre automobilístico na parede da sala.

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5. The Scream (O Grito), 1895, Edvard Much
 
Com três das quatro versões localizadas em museus noruegueses, não é de se impressionar que a última delas fosse arrematada pelo valor de US$ 119.922.500 em 2012. O leilão, também na Sotheby's, durou 12 minutos e teve comprador anônimo.

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4. L'Homme au Doigt, 1947, Alberto Giacometti

 De acordo com o site Artsy, apenas 9 esculturas figuram entre as 100 obras mais caras arrematadas no planeta. Apesar do número enxuto, a obra do artista suíço não está em más companhias: peças de Jeff Koons, Henri Matisse e Constantin Brancusi também aparecem no top 50. A obra de bronze, que também é a única pintada à mão pelo artista, foi vendida por US$ 141.285.000 em maio de 2015.
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3. Three Studies of Lucian Freud, 1969, Francis Bacon
 
O leilão da obra, vendida em 2013 por US$ 142.405.000, aconteceu permeado de mistério ao redor dos compradores − rumores do mundo da arte apontam para a senhora Wynn, co-fundadora da famosa rede de cassinos que leva seu sobrenome, cujo hobby é abrir galerias de arte. Os dois ofícios se misturam tanto que um de seus cassinos leva o nome de Le Rêve, uma homenagem a pintura de Picasso.

A pintura representa um momento especial no mundo da arte: Lucian Freud, amigo de Bacon, está sentado em uma cadeira de madeira frente à um fundo laranja, e, apesar dos artistas terem posado um para o outro ao longo da vida, esse é um dos dois únicos trípticos completos que representam Freud.

Apesar da cor chamativa e do tom positivo da obra, ela representa o início do fim da amizade entre os artistas, que cortaram laços em 1970.

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2. Nu couché, 1917-18, Amadeo Modigliani
 
O chinês Liu Yiqian arrematou a obra em 2015 por US$ 170.405.000, colocando Modigliani no segundo lugar dessa seleção. Ela é parte da série de nus realizados pelo artista em 1917 com o encorajamento do polonês Léopold Zborowski, figura emblemática no mundo artístico da época.

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1. Les Femmes d'Alger, 1995, Pablo Picasso
 
 “É um ponto de virada na história da arte. É o leilão do século”, afirmou Thierry Ehrmann, presidente da consultoria ArtPrice sobre o leilão deste lote, realizado em 2015, no qual foi vendida também a escultura que figura em quarto lugar desta lista, O homem que aponta, de Giacometti. Entre as obras de arte de Picasso que pertenciam à uma coleção privada, essa era a mais importante.

Na época da venda, a BBC fez um comparativo com o que seria possível comprar com US$ 179.365.000: 560 modelos Ferrari Berlinetta; 17 apartamentos luxuosos de R$ 30 milhões; e 116 mil aparelhos iPhone 6. Para o comprador anônimo, no entanto, o harém representado por um dos maiores artistas do mundo vale muito mais do que tudo isso.

A versão "O" é a última da série de 15 pinturas e desenhos do cubista, inspiradas pelas obras de Eugène Delacroix em 1834, e criadas como tributo para os artistas que ele admirava.

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